Há uns 4 meses conheci um cara virtualmente e desde então nossa “amizade” não passa disso, sou muito volátil e a medida que ele foi entrando na minha vida, minhas prioridades também mudaram. Tenho ciência de que não deveria ter feito isso, mas aconteceu involuntariamente
Nós aproximamos muito por ele ter sido muito aberto comigo em todos os sentidos, mas não fiz o mesmo e frequentemente isso gera muitos atritos. Sempre penso em me distanciar e até dou indício que quero isso, mas na hora de agir isso não acontece. Agora que estou escrevendo isso me sinto racional e capaz de fazer isso. No entanto, na prática isso não acontece
Estou perdida, porque apesar de tudo ele me fez ver muitos problemas que tenho, não os apontando, claro. Mas em situações, por exemplo nunca gostei da minha voz por ter sofrido bullying por causa dela na infância e isso faz com que eu tenha uma dificuldade enorme de comunicação e de certa forma, eu nunca tinha percebido isso, pois nunca tinha sido exposta a situações em que eu precisasse tomar frente e falar o que sinto. Quando situações assim acontecem eu simplesmente não sei o que dizer e minha garganta trava, minha voz muda. É muito estranho, eu queria conseguir entender um pouco mais o que acontece comigo e porque sou muito resistente a mudanças!
Outra coisa que vejo se repetir periodicamente na minha vida são relações unilaterais, ou eu gosto muito e a pessoa nem tanto ou eu não gosto tanto e a pessoa gosta muito.
Começo a ter relações legais e do nada por um motivo tolo que eu mesma criei, acabo com tudo. É como se eu gostasse da fase de abandono, é loucura, eu sei.
Hoje vi um vídeo de uma psicóloga que dizia que isso remete de algum abandono na infância e a gente de maneira inconsequente cria um looping a partir dessa situação.
As vezes tento ver muito o meu lado e acabo sendo egoísta com algumas situações e isso me deixa muito mal. Uma vez aconteceu de eu perceber que ele estava agindo como eu agia e isso me matou, porque não quero ser assim e não gosto disso.
Mesmo gostando muito do que construímos vou acabar deixando com que o tempo apague tudo, estou muito esgotada mentalmente para lutar por isso.
É ano de vestibular e eu adiei muito o estudo e me vejo ansiosa agora. Muitas coisas para fazer em casa, minha mãe que trabalha fora e uma tentativa de suicídio da minha irmã
Estou literalmente sem forças
Eu geralmente lido com problemas me afastando de tudo e todos, agora isso parece algo muito conveniente para mim. Queria muito conversar com alguém, tenho me sentido muito desconectada
Um grupo de apoio emocional e saúde mental. Desabafos anônimos, troca de experiências e apoio psicológico.
Olá! É natural as vezes ficarmos um pouco inconstantes. Você mencionou sobre o vestibular então imagino que seja bem nova e quando somos novos é sempre um rompante, emoções fortes, as coisas boas são fantásticas e as coisas chatas são as piores catástrofes do mundo. Não vou comentar sobre o relacionamento mas dizer para você tentar se acalmar, talvez fazer uns exercícios de yoga no YouTube, talvez ler. Por causa do que aconteceu com a sua irmã sua família está em uma situação delicada e você deve se fortalecer tanto por você quanto para ajudar o pessoal aí. Essa situação vai passar e eu espero que você passe por ela mais forte e empoderada, mais calma e madura. Fique bem! Torcendo por você!
Olá, Ju. Eu me senti muito conectada a você com suas palavras, muito obrigada! Sim, é verdade, tenho tendencia a ser o que as pessoas querem e esperam que eu seja e isso é sufocante. Sufocante ter que me moldar para outro e ter receio do que sou por medo de considerarem desinteressante, isso é engraçado porque sempre tentei viver da minha maneira, mesmo que sozinha na maioria das vezes. Acho que tudo isso envolve uma dependencia emocional, eu gosto de ser importante para alguém e querendo ou não isso me afeta muito. Eu tenho um diário, mas não escrevo muito por esquecimento. Na maioria das vezes estou bem só que isso muda muito rápido. Comigo o bullying fez com que eu esquecesse de mim, sabe. Eu não cuidava da minha aparência, não fazia nada por mim. É por ter sido humilhada acabei me fechando muito, cheguei a até ser apelidada de velha ranzinza por pessoas que eu considerava ser amiga... Tudo isso me machucava muito e hoje eu não consigo ser amiga de ninguém, mas enfim, são coisas da vida e tudo tem um fim! Adorei as indicações, assistirei em breve. Desejo que consiga ficar bem de verdade, Ju. Que as coisas ruins na sua vida sejam minoria. Gostaria de continuar trocando mensagens com você, caso veja os comentários e queira o mesmo este é meu e-mail aloucasevero@gmail.com
Olá, Alice. Muito obrigada pelas palavras, você tem razão sobre tudo bem as coisas mudarem, não é como se quiséssemos algo sério, acho que é mais uma distração para ambos. Resolvi dar um tempo de tudo, ficar offline e tentar resolver essas questões!
Olá! Sabe, as prioridades na nossa vida mudam mesmo, conforme as coisas vão acontecendo e muitas vezes são fatos que nós não temos controle para poder resolver ou contornar vamos mudando as prioridades isso não é um problema, questão é o que você quer de fato com esse cara? quais são suas intenções? e o que ele quer? É isso que você pode parar para refletir e ser sincera com ele. Se afastar das pessoas e coisas não irão resolver os problemas, muitas vezes não é fácil mas é necessário enfrentar. Você é capaz, tenha certeza! Tente tirar um tempinho que seja para você mesma, relaxar, distrair para poder controlar a ansiedade. Seria interessante que você tivesse um acompanhamento com psicólogo, aqui você irá conseguir! Justamente para te ajudar em relação a ansiedade e seu comportamento de fuga nas situações difíceis. Espero ter contribuido!
Boa tarde, escrevo esse comentário para quem sabe possa lhe ajudar a avançar em algum aspecto... Primeiramente, gostaria de te dizer, que vejo a minha antiga versão dentro de você! sim, mas não acredito em coincidências, sei que a vida nos da muita oportunidade de estar onde deveríamos estar para repassar o que aprendemos. Tive muitas relações sociais e amorosas com todas essas misturas de sentimentos e também essa questão de ser volátil e não aceitar bem as mudanças, além de tb ter sofrido bullying na infância e não conseguir falar sobre meus sentimentos (sempre que tentava em chorava) e então resolvia me afastar. Querida A, precisei de alguns anos de terapia até começar a entender muita dessas coisas, portanto, vou te explicar algumas que aprendi.... para entender essa mudança de prioridades ou até mesmo absorver muito do outro, aprendi a separar o que é meu e o que é do outro.... e sim: notei que isso tem muitos aspectos relacionados a infância, no meu caso, abandono de cuidados, que me faria anos mais tarde a compreender que preciso agradar as outras pessoas o tempo todo e até mesmo ser igual a elas para que eu pudesse ter o mínimo de amor..... então quando conhecia uma namorado que curtia samba, logo amava samba, se conhecia um surfista, logo amava surf, e assim ia... se moldando ao externo. Isso gera dentro da gente uma grande confusão em relação a quem somos, e se não sabemos ou vivemos mto no automático como eu vivia, como poderia entender e falar sobre os meus sentimentos? porque cada pessoa sente de forma diferente uma mesma situação entende? só quem pode dizer o que sente é você, o outro não tem como dizer o que você está sentindo nesse momento e em outros cotidianos.... Se questione sobre isso, o que me ajudou foi ter um diário, sim! com 26 anos rsrsrsrs me ajudou muito pois comecei a anotar tudo o que eu estava sentindo e começar a perceber o que sentia e porque eu sentia isso, em tópicos, ir se descobrindo..... A questão do bullyng me afetou mto tbm tanto que chorava quando precisava falar sobre meus sentimentos, o que pode sim ter muita relação, mas ficamos muito inseguros quando isso acontece pois reflete na vida adulta! a questão é entender o que e porque sente isso primeiro, para depois ir se desafiando aos poucos a falar.... quando somos moldados a não falar ou nem estimulados sobre os sentimentos, pode até parecer bobagem, mas não é.... os sentimentos, vão se acumulando e quando você vê, já está em uma grande bola de neve.... tenta ir fazendo esse exercício, se questionando sobre isso... tente ir trabalhando sua confiança aos poucos.... devagar e investigando o que sente.... há um documentário e alguns livros que me ajudaram mto nesse processo, um é da Brené Brown na Netflix que chama "The Call to courage", e um livro que chama "coragem é agir com o coração" ..... O futuro é algo desconhecido, assim como as mudanças também, quando não temos essa confiança na vida, ficamos sim com medo delas, a ansiedade então toma conta do nosso coração... Entenda: o que você sente nunca será loucura, o que você sente é digno de ser mostrado e sentido. Espero ter te ajudado como um ponta pé inicial, pelo menos um pouco... fica bem querida, A.... beijos