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Lua Orion

Dificuldades sociais, inseguranças, vivo no meu próprio mundo… é preocupante

Percebi que vivo muito dentro da minha cabeça e isso pode não ser saudável. Sempre fui assim, mas não percebia, só vivia e pronto.
Sei que tem a ver com uma infância e adolescência repleta de bullying e exclusão, pois desde a minha 1 série até o fim do ensino médio, eu era muito sozinha e passava o recreio, ou lendo na sala vazia ou conversando com as funcionárias da limpeza. Entrei em alguns cursos de faculdade (larguei todos) e neles também ficava sozinha.
Ou seja… era eu e meus pensamentos. Acredito que isso seja a resposta do porquê eu viva dentro da minha mente até hoje, afinal, tive poucas pessoas com quem conversar. Foram muitos anos quieta, então nunca soube se afinal era timidez ou se foi consequência por todos esses anos assim.

Hoje em dia estou com 28 anos e falo pouco, sinto que não consigo me expressar direito, sinto que não tenho assunto, não me encaixo em conversas em grupo. Até gosto de estar próxima de outras pessoas, mas sinto que sempre estou na minha mente, no meu mundo. Por exemplo, mesmo que eu esteja na praia com meu namorado e os amigos dele, gosto de ir catar conchas e ali fico eu e eu. Observo as cenas como num filme, vejo beleza em tudo, nas águas, nos verdes, nas cores do céu, então sei que fico observando as coisas ao meu redor, mesmo que tenha gente por perto. Imagino como seria representar em pintura ou em fotografia, criar um video com as cenas que estou vendo, e se me deixar vou indo…
Não gosto da obrigação de ficar falando só pra preencher espaço vazio, e meu namorado chama muito a minha atenção por isso, diz que viajo, que as vezes estou introspectiva demais e se ele não puxar assunto comigo eu fico quieta. A única pessoa amiga que tenho é meu namorado. Volta e meia conheço alguma garota que até possa a vir ser uma amiga mas é difícil manter conexão pois chega uma hora que os assuntos acabam, a euforia passa e fico me sentindo sem conteúdo de novo.

>> O problema é que meu contrato temporário de trabalho vai acabar em março de 2023 e estou tendo ansiedade em me imaginar fazendo entrevista de emprego, entrando em outro serviço completamente diferente do meu (sou agente de pesquisa do IBGE e faço as pesquisas sozinha, vou de bicicleta curtindo o caminho até as casas das pessoas e as entrevisto – e isso eu tiro de letra, pois minha dificuldade está em MANTER conexões). O IBGE foi meu primeiro emprego (entrei com 25) então não tenho o que falar de mim, sinto que não sou interessante, não tenho nada a agregar, não há nada que eu REALMENTE saiba fazer e seja boa. Todo mundo é apaixonado por algo e é bom nisso, e eu não tenho nada. Tudo que começo eu largo, parece que todo dia me encanto com uma ideia diferente e logo perco a graça, até hoje não sei o que fazer da vida, tenho dificuldades de me imaginar a longo prazo, planejar e cumprir parece impossível pra mim, sou irresponsável, procrastinadora e auto sabotadora.

Isso está tirando meu sono e volta e meia me pego com as mãos trêmulas quando começo a pensar que dentro de alguns meses vou estar totalmente exposta assim.

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  • julho 20, 2022
    Luana Piekoski

    Lua Orion, você me descreveu! Isso se chama sensibilidade, instrospecção, culto à beleza - e não é ruim não, muito pelo contrário. Eu tive bastante dificuldade em ficar nos empregos, mas chega uma hora que você encontra sua turma, encontra algo que goste e seja boa e aí as coisas melhoram e se harmonizam. Faça cursos. Aproveite esses meses que ainda tem um salário e faça muito cursos em diversas áreas. Vai chegar o momento em que você se encontrará e poderá desenvolver seus talentos. Ah, eu me encontrei em várias atividades: assistente financeiro, organizadora de eventos profissionais, coordenadora de cursos profissionalizantes... olha quanta diversidade! Você se sairá bem, não tenho dúvidas! Boa sorte.

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