Às vezes, olho para o espelho e não reconheço o reflexo que me encara. É como se houvesse uma lente distorcida, ampliando cada pequena imperfeição. Meus olhos se fixam nas partes que considero defeituosas, e a ansiedade toma conta.
A pele, que para muitos é apenas uma cobertura protetora, se torna um campo minado de falhas invisíveis. O cabelo, que deveria ser apenas fios que emolduram o rosto, ganha proporções descomunais em minha mente. O corpo, com suas curvas e contornos, é um quebra-cabeça de insatisfações.
Evito espelhos, mas eles estão por toda parte. Cada reflexo é uma oportunidade para a autocrítica, para a comparação com padrões inatingíveis. As redes sociais, com suas imagens retocadas e corpos perfeitos, amplificam minha angústia.
A maquiagem se torna minha aliada, escondendo o que acredito serem defeitos. As roupas são escolhidas meticulosamente, escondendo e disfarçando. As cirurgias plásticas parecem tentadoras, prometendo a correção de tudo o que me atormenta.
Mas a verdade é que a dismorfia corporal não está na pele, no cabelo ou no corpo. Ela está na mente, nas lentes distorcidas que me fazem enxergar além do que é real. A busca pela perfeição é uma armadilha, e eu sou a própria vítima.
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Se você tem essa consciência fica bem mais fácil começar a desmontar essa disformia, né? Olhe para pessoas reais, na rua, nos lugares... as redes sociais não são reais, são utopias, como você mesma disse, cheia de retoques e filtros. A comparação com outras pessoas não é um bom caminho, pois sempre haverá pessoas mais belas, mas também mais feias. Não valemos pelo que aparentamos, mas pelo que somos. O interior tem valor. E a busca por sermos melhores a cada dia, é o que nos torna humanos bons, éticos, úteis aos demais. Quem sabe focar na espiritualidade possa ajudar você. Boa sorte.