Zé Felipe, conhecido cantor e compositor brasileiro, compartilhou com seus seguidores nas redes sociais sua experiência pessoal com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Ele relembrou que o diagnóstico veio ainda na infância e explicou a importância do tratamento contínuo.
“Eu descobri quando era novinho, nem estava na escola ainda, com uns 9 anos. Não parava quieto, né, tinha agitação, era disperso. Comecei a fazer um tratamento, fui ao médico, claro, e aí controlo”, afirmou o cantor.
Em uma interação com seus fãs no Instagram, Zé Felipe detalhou como lida com o distúrbio atualmente: “Hoje há tratamentos melhores do que na época em que eu comecei a fazer. Vai mudando, vai melhorando, vai avançando a medicina, e eu faço até hoje. Vou fazer para sempre, coisa que é para sempre. Mas, se parar de tomar o remedinho, volta tudo!”
Além do tratamento médico, Zé Felipe destacou a importância de sua carreira musical no manejo do TDAH. Compositor de hits como “Malvada” e “Roça em mim”, ele afirmou que o trabalho na música complementa os efeitos dos medicamentos. “A música consegue me prender de uma certa forma que parece que eu nem tenho [TDAH]. Quando entro no estúdio, mergulho de uma certa forma que não vejo o tempo passar”, disse ele.
Zé Felipe também abordou as crises de ansiedade que enfrenta, explicando como sintomas como taquicardia, respiração irregular, medo e tremores no corpo podem se manifestar de maneira abrupta e intensa. Ele compartilhou que, muitas vezes, quem sofre de crise de ansiedade já possui um histórico de ansiedade generalizada ou síndrome do pânico, caracterizada por uma profunda sensação de insegurança, medo e descontrole.
Para Zé Felipe, a presença de sua esposa Virginia no palco tem sido uma grande ajuda para controlar as crises durante os shows. Ele mencionou que desviar a atenção dos sintomas, diminuir o ritmo da respiração, relaxar os músculos, meditar e estar ao lado de quem ama são estratégias que ajudam a amenizar os sintomas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 10% da população brasileira sofre de ansiedade, tornando o Brasil o país com o maior número de ansiosos do mundo. A crise de ansiedade é descrita como um curto-circuito gerado no corpo e na mente, provocando uma descarga de noradrenalina e adrenalina que dura poucos minutos em alta intensidade.
Para evitar crises constantes, é essencial tratar a ansiedade com o acompanhamento de profissionais de psicologia ou psiquiatria. A saúde mental é uma parte fundamental do bem-estar e deve ser tratada com seriedade e cuidado para garantir uma qualidade de vida melhor para aqueles que sofrem com esses distúrbios.