Desde a minha última postagem, eu adotei o método “silêncio que fala mais que mil mais palavras” isso significa que eu não falo absolutamente nada com a minha mãe e a vida continua desse jeito.
Acontece que esse método é meio falho, a minha vontade e gosto pela vida só diminui a cada dia por causa dos comentários dela, agora ela inventou que um menino de uma loja que vende artigos de festa estava me encarando e eu tava encarando de volta, como se a gente tivesse se cantando, aí ela me faz a maior vergonha falando “pq vc tá olhando pra ele” e eu disse que não tinha nada rolando e o menino me apoiou.
Ao sairmos ela disse que eu não presto pra nada e só sirvo pra fazer “putice” ou “ficar de bichice”, sério eu não sei mais o que fazer, a minha vontade é de pegar tudo que eu consegui colocar em uma mochila e numa mala pequena e ir embora pra São Paulo ou qualquer outro estado longe dela.
A vida não faz mais sentido pra mim, eu não posso ser quem eu sou, não posso fazer o curso que eu quero, porra, eu nem consigo vestir um sapato que eu quero
Um grupo de apoio emocional e saúde mental. Desabafos anônimos, troca de experiências e apoio psicológico.
Olá Edu, você deve ser uma pessoa bem jovem ainda. Eu já tenho mais idade que você, e também passei por muito bullying e muitas injustiças na minha casa. Minha mãe, assim como a sua, me colocou muito pra baixo. Não fui respeitada porque tinha ideias diferentes do resto da família em muitas coisas, e meus interesses eram pouco valorizados por eles. Na verdade, eu acho que o que você está fazendo é muito certo. É uma forma de distanciamento saudável. As mães são seres humanos, e como todos os outros, muito complexos e imperfeitos. A sociedade criou uma imagem intocável da mãe, como alguém que estará sempre ali para dar suporte e amor aos filhos, e isso muitas vezes não é verdade. Aliás, quase nunca, porque todas cometem erros, ainda que involuntários, e algumas até intencionalmente. Mas isso é porque antes de serem mães, são pessoas cheias de problemas, frustrações, mas também com qualidades positivas. Por essa imagem sacralizada da mãe que a sociedade insiste em fazer perdurar, os filhos ficam com uma expectativa muito acima da realidade possível. Você parece ter uma mãe um pouco mais complicada que a maioria, mas de qualquer forma, precisa buscar enxergar as qualidades dela. Não que deva parar de se proteger. Esse distanciamento saudável que você tem proposto pode ser muito bom, mas mais importante ainda é que você, internamente, não dê tanta importância ao que sua mãe diz de ruim. Não dê a ela tanto poder sobre suas emoções. Se ela perceber que não te afeta, provavelmente acabará mudando de atitude. Por outro lado, encontre atividades que te deem alegria, pratique alguma atividade física que te agrade, porque isso ajuda muito na fabricação dos hormônios responsáveis pelo bem estar, e procure se fortalecer internamente e se preparar bem para se tornar independente o mais rápido possível. Seja você, acima de tudo, e siga sempre seu coração. E aí, na hora que você não morar mais sob o mesmo teto que ela, o relacionamento mãe e filho ficará bem diferente, e aumentarão muito as chances de se entenderem. Vou ficar daqui vibrando pra que você tome as rédeas de suas emoções e de sua vida, não só em relação à sua mãe, mas a qualquer pessoa no mundo. Muita Luz em sua caminhada!!!
Olá Edu, quanto mais distante estiver da sua mãe, mais sem direção e sem sentido ficará sua vida!! Um pouco difícil de compreender isso, leia o livro Onde estão as moedas de Joan Garriga Bacardi! Deus abençoe!
Olá Edu ! O silêncio as vezes é bom, porém conviver no silêncio diário não vai te ajudar a colocar os seus pontos de vista pra fora.
Por mais que eu concorde com o que você disse, eu não consigo ter um dialogo normal com ela, sempre tudo vira contra minha pessoa e a gente começa a brigar. Não é a primeira vez que eu tento ter uma conversa saudavel com ela, mas ela não me escuta, tudo que eu digo é inválido a não ser que possa ser usado como argumento para me colocar pra baixo, eu adotei o silencio como um meio de me preservar, preservar o que eu tenho de sanidade.