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Isabel

Eu realmente quero estar aqui

Olá… será que realmente alguém está lendo isso? Ou será que são apenas alguns pares de olhos vendo uma anônima escrevendo coisas estranhas e absurdas em uma rede on-line?
Bom é a primeira vez que eu escrevo aqui e eu não sei bem o motivo… na realidade todos nós (escritores e observadores) sabemos os motivos, existem diversas fases na vida de uma pessoa (não é só o clichê infância, adolescência, maturidade e terceira idade) e sim as fases mentais de cada pessoa, o que pra ser sincera é uma merda enorme e intensa que só existe para causar dor.
Eu comecei a ter crise de ansiedade aos 11 anos, mas obviamente ninguém ficou sabendo disso, quando fiz 13 anos minha mãe me fez fazer controle com uma psicóloga que eu até gostava, tomava remédio para ansiedade e remédios para dormir por causa dos pesadelos, aos 15 fui dispensada das sessões e resolvi arrumar um serviço – por causa daquele ditado mente vazia oficina do diabo, minha mente já não era muito bom sem um inquilino- eu gostava, as pessoas eram simpáticas (obs: era época de pandemia) mas eu tava sozinha…. Meus amigos não existiam mais e minha família simplesmente ignorava o fato de que eu não estava bem. Com 16 anos tive um surto e escrevi um texto enorme para minha ex psicóloga, as aulas voltaram ao presencial e tudo parecia bem até a segunda semana na qual eu chorei literalmente todos os dias na escola pelo simples fato de não conseguir aguentar até chegar em casa, pensamentos de auto flagelação se passaram ( e se passam) pela minha mente constantemente, as pessoas que eu considerava minhas amigas começaram a me ignorar e a falar mal de mim pelas costas e isso só me destruiu, no meu serviço fiz uma amizade verdadeira ele se chamava João, vivia com um sorriso no rosto e foi um dos únicos que me apoiaram no momento difícil, não achem que minha mãe ou meu pai me ajudaram kkkkkk a única vez que fizeram algo foi quando eu tendo uma crise de ansiedade me tacaram remédio para dormir, pelo menos tentaram. Meu serviço terminou na metade de 2022 e eu comecei a me afundar mais e mais em meus pensamentos mas ninguém poderia ver e nem saber disso, eu fiz novas “amizades” e fui deixando de lado tudo que me feria depois algumas pessoas tentaram voltar come se nada tivesse acontecido e eu como a grande idiota que sou mesmo toda ferida aceitei elas de volta, mas faziam de tudo para acabar com minha autoestima e humor e aos poucos conseguiram.
Quando fiz 17 anos passei mal, não estava comendo direito e nem bebendo ( estava começando indícios de depressão), e não queria conversar com ninguém mas continuei indo para a escola e convivendo com aquelas mesmas pessoas. Fim de ano, festas e alegria, ou seria uma bela refeição baseada em tortura, felicidade fingida e os sorrisos mais falsos existentes.
2023 começamos até bem, sem choro e nem tanta tristeza… até hoje. Nesse momento estou chorando em um canto do quarto por não saber se quero estar aqui ainda, por não saber se amanhã quero existir ou sentir alguma coisa, depois de uma crise compulsiva alimentar, aqui estou eu.
Baseando no que comentei antes, ter sentimentos é uma grande PORRA na minha vida.
Se você leu até aqui, obrigada por não me deixar tão sozinha.

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  • janeiro 26, 2023
    Amariposa

    Passamos por sentimentos parecidos, no momento não sei muito oq escrever pq tenho 28 anos, sou casada e tenho um parceiro que coloca a culpa do desgaste do casamento em mim, simplesmente por eu cobrar o que ele faz de errado e faz eu me sentir mal e ele não gosta que eu o cobre mas também não faz nada para mudar isso, e temos um filho de 4 anos, eu tô literalmente entre a cruz e a espada. Várias crises de ansiedade e ele assim como sua família não me ajuda em nada, vários pensamentos tortos, confusão mental, baixa autoestima (baixíssima por sinal) e ele não me ajuda, já comprei remédio pra dormir e mesmo assim não adiantou, não tenho amigos pq igual a sua situação as pessoas falavam de mim pelas costas, e os poucos amigos que eu tinha ele afastou de mim fora os que me desejavam mal pelas costas. Eu já não sei mais oq fazer, já tô largando ele de mão sabe (meu parceiro), não tenho pai e mãe e ninguém que me ajude quando tenho crises e a única pessoa que poderia me ajudar me despedaça mais ainda. Queria sumir, mas tenho dó do meu filho pq não quero fazer com ele o que minha mãe fez comigo. Sei lá...me sinto trouxa demais e parada no mesmo lugar.

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