Vou ser informal neste texto.
Primeiramente, perdão se este desabafo odender ou ser sensível para alguém. Tenho 18 anos, faço faculdade (Direito – mais tarde essa informação vai ser necessária), tenho um estágio de meio período, minha vida acadêmica está perfeita. Trabalho desde meus 13 anos para conseguir conquistar minhas coisas, sou a filha mais velha de 3 filhos, não conheci meu pai e cada um dos meus irmão possui pais diferentes. Por ser a mais velha, sempre tive mais responsabilidades, desde afazeres domésticos, cuidar das crianças, trabalho, escola e por sempre ouvir da minha mãe que ela teve muito prejuízo por eu ter nascido. Sou muito orgulhosa, talvez este seja meu maior defeito. Meus problemas com a minha mãe sempre existiram, ela não foi a pessoa mais acessível do mundo, não lembro nenhuma ocasião em que eu tenha recebido algum sinal ou gesto de carinho vindo dela (um abraço que seja). Nunca me senti confortável com os namorados ou maridos de minha mãe, confesso que sentia ciúmes da atenção que eles recebiam.
Fiz de tudo para que minha mãe sentisse orgulho de mim, fui aluna exemplar por mais de 4 anos, não saia para festas, ficava em csa maior parte do tempo. Nada adiantou, sempre senti que ela sentia algum remorso sobre mim. Aos poucos comecei a me isolar, mesmo evitando contato com ela (morando na mesma casa) as discussões ainda predominavam, presenciei muitos ataques de raiva dela, apanhei varias vezes, ouvia coisa do tipo “não faz nada direito”, “não sei como consegue ser tão inútil”, “se não melhorar essa cara de abandono na estrada” (13/14 anos).
A partir dos meus 15 anos, comecei a não aceitar mais aquele tipo de tratamento, retrucava, debochava… comecei a sentir repúdio da minha mãe. Neste periodo ela ja havia se casado novamente, eu e meu irmão não gostavamos do nosso padrastro e a relação não era agradável.
Aos meus 16/17 anos ela engravidou de novo, logo depois se separou. Quando minha irma mais nova nasceu, senti pena dela, por ter entrado em uma família tao conturbada.
A relação com a minha mãe só piorava, eu desejava sumir, morrer a ter que conviver com ela. Talvez pelas circunstâncias, eu não era uma pessoa tão aberta, sociável, tenho dificuldades até hoje de deixar transparecer alguma frustração, por medo dela me julgar por isso.
Hoje estou trabalhando, pago minhas contas, pago a faculdade, pago meu transporte, pago minha comida. Mesmo não pedindo um trocado para minha mãe, ainda ouço que sou um prejuízo na vida dela. Moro de favor na casa dela, pois não tenho outra opção.
A única pessoa que impedia que ela me chutasse de casa era minha vó, que faleceu a 2 semanas. Desde então nossa relação esta por um fiu, 6 dias após o falecimento da minha vó, minha mae ja trouxe um namorado novo para casa (tive que escutar os 2 tr@…), briguei feio com ela por isso, desde então não nos falamos mais. Ela continuou trazendo ele para casa, mesmo sabendo que eu não me sentia confortável “eu tenho direito de namorar”.
Mais recentemente (ontem) ela trouxe o namorado de novo, mas dessa vez, não estava somente eu em casa, minha irmã de 2 anos também. Sim, os dois fizeram coisas com a minha irma dormindo no mesmo quarto. Sinto tanto nojo dela, pensei seriamente em denunciar para o concelhos tutelar, mas não tenho para onde ir e o pai da minha irmãzinha é extremamente toxico.
Não sei mais o que fazer, se sinto nojo, se odeio, se sumo, se me mato ou se ignoro o que esta acontecendo na minha casa.
Hoje discutimos novamente, falei sobre eles tr@… com a minha irma no quarto, que é crime e etc, questionei sobre a minha pensão que nunca nem vi a cor e outras coisas. Como é de se imaginar, a discussão não foi muito boa.
Agora estou perdida, endividada com a faculdade, sem ter a quem recorrer, podendo a qualquer momento ser expulsa de casa.
Um servidor de apoio emocional e saúde mental. Desabafos anônimos, troca de experiências e apoio psicológico.
Pessoas depressivas, ansiosas, tdah, bipolares, borderline, autistas, dependentes químicas, anoréxicas, bulemicas, esquizofrênicas e afins.