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Pensamentos de morte??!

Pensamentos de morte??

Na vida existem fases em que pensamos que tudo parece sem sentido, que os problemas parecem maiores que nós e não vemos saída para eles. Não é incomum nesta hora pensar na morte como uma solução ou alívio para os problemas. No entanto, pensar sobre a morte em si é normal e necessário, devemos nos atentar quando estes pensamentos se tornam frequentes, intensos e começa-se a planejar formas de levar o pensamento para um nível de concretização;

Frases como: “Vou desaparecer.”, “Vou deixar vocês em paz.”, “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar.”, “É inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar” são comuns se serem ditas por pessoas em processo de depressão e sinalizam risco de suicídio.  Podem ser sinais de que o sujeito está em sofrimento e muitas vezes passam desapercebidas em seus ambientes sociais/familiares, ou ainda acabam contribuindo para a vivência de julgamentos e incrementando o isolamento da pessoa em sofrimento.

Não estamos aqui para julgar pessoas que tenham pensamentos ou até planejamentos suicidas, nem para entrar naquela velha discussão sobre coragem ou covardia, pois sabe-se que a pessoa em sofrimento tem questões que vão muito além disso.  Alguns momentos ou circunstâncias da vida são potencialmente propiciadores para que os pensamentos de morte se alastrem na mente do sujeito, tais como: o enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou perdas e um senso de isolamento, traços significativos de impulsividade, agressividade, humor lábil, envolvimento com álcool ou substancias psicoativas, presença de transtornos mentais.

Contudo, se a pessoa que apresenta estes pensamentos e diz frases como as citadas acima, ela está, a sua forma, pedindo SOCORRO! Sinalizando que sozinha não está conseguindo dar conta de sua angústia e precisa ser cuidada e acolhida.

Portanto, se você tem pensamentos de morte ou conhece alguém que tenha, saiba que ajuda mais quem julga menos e que não se trata simplesmente de falta de fé, ou algo do tipo. A depressão é uma doença mental potencialmente grave e o suicídio é a segunda causa de morte mais frequente entre jovens de 15 a 29 anos.

A pessoa deprimida que apresenta risco de suicídio precisa ser tratada por um profissional capacitado em saúde mental e acolhida de maneira respeitosa pelos seus familiares. Se você é esta pessoa, talvez já esteja precisando de ajuda há bastante tempo, pode pensar que agora já não há mais esperança e abrir espaço para o agravamento dos sintomas e o desfecho que na verdade é indesejado, pois o desejo, na maior parte das vezes não é de morrer e sim de ter suas angústias e sofrimentos aplacados.

Por quê pedir ajuda?

Quando você pede ajuda, você tem o direito de:

  • Ser respeitado e levado a sério;
  • Ter o seu sofrimento levado em consideração;
  • Falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação;
  • Ser escutado;
  • Ser encorajado a se recupera

 

Onde buscar ajuda para a prevenção do Suicídio?

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais.
  • Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita)

Você também pode procurar na sua rede de amigos e parentes indicações de profissionais a sua escolha, escolher um aqui no SUnas ou por intermédio do convênio. Hoje em dia, o cuidado em saúde mental está cada vez mais acessível e perto das pessoas, tornando possível o tratamento a quem se encontra em sofrimento.

 

Referências e leituras indicadas:

 

https://www.far.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/09/Falando-abertamente-sobre-suicidio.pdf

https://saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio

https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5671:folha-informativa-suicidio&Itemid=839

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foto profissional

Me chamo Raíssa Righetti Ramos, tenho 28 anos sou formada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu e especialista em Psicologia Hospitalar pelo Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da USP e em Psicologia da saúde pela UNIFESP (Residência Multiprofissional). Atualmente atuo como psicóloga clínica, na modalidade de atendimento online em vista da Pandemia da COVID-19. Minhas áreas principais de trabalho clínico são transtornos de ansiedade, depressão, personalidade, traumas e lutos.

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